A Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros (ABRATI) lança Campanha de conscientização contra o Transporte Clandestino.
Com o tema “Sua Vida Vale Mais. Diga Não ao Transporte Clandestino”, a ABRATI alerta para as declarações da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), de que o transporte clandestino é um grande risco para a sociedade “porque ele mata”.
Apenas em 2020 já foram mais de 930 apreensões de ônibus e mais de dois mil autos de Infração pela ANTT, com mais de 28 mil passageiros restituídos ao transporte regular, em 2020. Só de multas, foram mais de R$ 11 milhões.
Veículos utilizados para transporte interestadual de passageiros passam por rigorosas inspeções periódicas, para verificação do seu estado de conservação e funcionamento, e é isso que dá segurança a quem utiliza o transporte, garantindo que as manutenções sejam realizadas efetivamente pelos transportadores.
As ITLs – Instituições Técnicas Licenciadas pelo Denatran, acreditadas pelo Inmetro, são as responsáveis pela execução das inspeções, de acordo com a norma ABNT NBR 14040 e legislação de trânsito, à luz de resoluções da ANTT.
Entre os riscos do transporte clandestino a ABRATI ressalta: antecedentes criminais dos motoristas de ônibus não são verificados; motoristas não têm treinamento para dirigir os equipamentos, nem para dirigir à noite ou em grandes distâncias; empresas não contam com alojamentos de descanso adequado e motoristas não passam por testes toxicológicos periódicos e aferição alcóolica.
Daniel Bassoli, diretor executivo da AMSV (Associação Mineira de Segurança Veicular) e da FENIVE (Federação Nacional da Inspeção Veicular) ressalta o risco do transporte clandestino para todos. “Ele coloca em risco a vida de milhares de passageiros que o utilizam e de outros que circulam pelas rodovias”.
Em Minas Gerais, o problema do transporte clandestino é assunto antigo. A AMSV, juntamente com o SINTESC – Sindicato dos transportadores de escolares da região metropolitana de BH, tem denunciado às autoridades os abusos realizados por transportadores escolares clandestinos, que, além de colocar as crianças em risco, canibalizam o mercado.
Em tempos de pandemia há ainda mais um problema: os clandestinos não cumprem os protocolos sanitários, o que pode comprometer a saúde de seus passageiros.
Apesar da grave crise econômica, causada pela pandemia, e pela busca necessária de alternativas de geração de renda, a ilegalidade não é o caminho correto porque pode gerar problemas ainda piores e sem solução.